sábado, 14 de março de 2009

Momento oportuno, ao extremo


Tudo se resume, a capítulos
em minha frente, nublada ansiedade.
Neste cumprimento, chamado vida,
ao qual vítimas, se esbarram
ao primeiro sentimento.

Ao extremo, ímpeto e falso
se fosse verdadeiro, tal impulso
saltaria a arrebatar o despeito.
Eu seria livre.

Primeiro alvitre a minha frente
simplesmente absurdo
não creio em nada, relaciono ao vácuo.
Amarrotado, quero um abraço, raciocínio,
infiel, apenas um abraço.

Me contradigo, em mais puro desterro
critico as opressões esperançosas.
Vai ver não precise disso
afinal, pra que esperança?
Sádica ilusão que escapa despedaçada.

Cintilantemente, os meus olhos.
Ultima desilusão, chega!
"Ora, adeus!"
Algum tempo da realidade
de outro tempo.

Passou, a mórbida tristeza do passado
vai, vai embora!
Reminiscências de criança me perseguem
e outra vez, comparação e por fim
conclusão.

Entristecer-me ao orgulho
do que foi
esperando, o que vai vir
esperando, novamente
CHEGA, é hora de se refugiar!

Deveras ser, última desilusão.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Natureza Humana


Lá fora chovia demasiado, a brisa adentrava pela janela. O analgésico frescor de primavera tomava conta, das humildes paredes salmão, cuja se negavam a refletir os trovões que aquela tempestade grotesca gritava. Esse sim pudera ser o cenário perfeito para o que estava prestes a acontecer.

O nervosismo me causava náuseas, que escorriam pela minha garganta, eu podia relacionar com algum ácido que acelerava uniformemente as batidas do meu coração, tudo era tão confuso. Aquilo era de fato inédito. Mas era válido a encarar o que eu deserdaria, eu nem mesmo era inocente. Eu me despedia da tal virgindade.

Mas essa primeira vez fugia discretamente do padrão. Nenhum amor isolado, apenas um amor, e sexo, amor e sexo. O que importaria o padrão, a felicidade se fazia presente entre o calor insolúvel que cada vez aumentava mais e mais.

O soneto da chuva acariciando o telhado causava ainda mais um clima amplo de emoção no ar, os flautins inubriviavam o êxtase.
Lá estávamos nós, parti-me então para o amor, em todas as direções. Eu o beijava, debruçado nos lençóis com cheiro de erva doce de algodão, a baixa claridade que invadia a cena pela vasculante o fazia ultrapassar a perfeição, aqueles olhos cor de mel me encaravam com o desejo estampado, eu só queria o prazer. Seus cabelos loiros e macios reluziam, tudo era tão ofuscante a mim, coisas da minha cabeça.

Nossas pernas se entrelaçavam em um breve e sublime recalque de paixão, seus lábios macios me esfoqueteava, suas mãos me confortavam firme, estávamos nus, puras ereções. Ambas as respirações estavam ofegantes querendo mais e mais, quando por fim, tudo entrava em ação. Eu sentia a penetração rígida adentrar em mim, a sensação era do meu corpo transgredindo e rasgando ao mesmo tempo, até que o nervosismo ia passando, quando o prazer agudo se unia ao mais puro desejo de amar intensamente. Combinado com os beijos doces e molhados.

Do modo com que a freqüência aumentava e os gemidos ecoavam pelo quarto, a chuva já apascentava, em uma fração de segundos dois orgasmos resplandeceram ao espetáculo da paixão. Adormecemos, a satisfação trouxe uma paz interior, o amor exaustivo apenas irradiava pela aquela noite submersa em confissões patéticas de paixão, mas tudo tão poético.

Mas aquilo, bastava, para entorpecer-me de desastre, o desastre que o amor finalmente causava em minha vida.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Fingimento estatal


O amor, ah sim, o amor
ele olhou pra mim com aquela cara de deboche
acho que eu sorri, não lembro
mas eu já estava embriagado com o sentimento.

Ele me falou algo do paraíso, e me expressou um repúdio
sem estímulos, queria só relatar a presa
de propósito incúgruo
nada além de torturar infame presença indesejada.

Sai daqui! Eu não te quero comigo!
então vi tantas coisas que as retinas duvidavam
ouvi cantos dos pássaros e cítaras plangentes
mas eu sei que nisso tudo havia uma lógica, sensata e prudente.

Mas essa prudência toda era pra mim?
Quem sabe eu não merecesse esse paraíso, não para mim
tudo bem tudo bem, é um claro e tão escuro, devo seguir
não posso julgar o brado por duro

Se afaste, corra pra longe!
Aos passo que a realidade marchava em minha direção
as sensações fugazes sobre o amor se dilaceravam
os dias coloridos e inquietos tornaram-se, com e sem ação

Então eu decido, não quero e não preciso
quem sabe por enquanto, retardarei o enredo
em apenas uma mercadoria tão sutil e sem vida eu me apego
não, na verdade não me apego, ofereço despido o conceito amoroso.

Acho desnecessário, não quero isso! Vai ver eu nem ame
Mas enquanto, espero a minha casinha branca
de varanda afrodisíaca, enfeitada com as tarde de outono
confortável e a amável.

Mas quem diria? O amor nem é tão importante assim.

fim.

sábado, 22 de novembro de 2008

Inclemente corroborado

Dê-me um ósculo e um aplexo
em si, me lisonjeia
nesse abismo carbonizado e doentio.

Do meu sangue brota o licor,
o licor incandescente, fato
a mais pura magia do desejo
Regue a minha alma, pura e infame

Chorei o entardecente desengano,
a mim? Pura e dura incerteza
de sofrer como um cristal sonoro,
em profunda exaustão

Sem um fundo, estranheza e solidão
uma parte de mim é permanente,
a outra se sabe de repente
doce surpresa

Traduzir tal coisa incógnita,
antítese pensamento que me destrói
é só uma questão
vida ou morte, será arte?

Sinto cada vez mais longe,
a tal da felicidade
vejo em minha mocidade,
tanto sonho perecer

Sigo a multidão, cada um
tem em seu rosto seu mistério
seu desespero
sua ilusão

Quero uma casinha branca
de varanda colorida,
o colorido encantando a visão
um quintal e uma janela
pra ver o Sol nascer,
ao seu lado, procuro eternamente

Me conformo, eu preciso de AMOR!

domingo, 12 de outubro de 2008

Incompreensão humana


Convulsão facultativa, se altera dentro de mim, abre horizontes, rompe fronteiras. Estaria finalmente chegado a hora? Não poderia mais ocultar fatos crus de uma provável indefinição nada estável? Saberia eu que a dúvida me deixaria dias sem dormir. O tempo me cansa, o dia é tão triste que mesmo a incerteza de que eu irei deitar e acordar talvez não me fizesse partido. Queria eu me esconder, sumir, o mundo poderia descolorir, cores, vida e felicidade não se fazia mais presente.

A perca do sono me acarretava cada vez mais, tal ladrilho do banheiro branco, cujo reflexo do amanhecer me ofuscava os olhos. O que eu mais tinha vontade era de furtar, furtar todas aquelas coisa que me afligiam, ocorrendo em si uma coisa espessa, gritava uma perda "chame o médico, não quero ir embora", era mais um pensamento inefável que se diluía na atmosfera pesada que me cercasse.

Custa-me a chegar estatelado ao relento, deitado ao brilho do luar, a pressa se esvaia, entre os objetos confusos que me faziam raciocinar nada mais era concreto, quem sabe as coisas sumiram do nada. Cores se procuram, suavemente se enlaçam e se tocam, formam uma aquarela mágica, sabendo que alguma coisa ainda faz sentido.

Mal teria eu me rendido ao princípio eficaz da dor, em que ao sentir o rumor de viver me dava náuseas, era tudo que me cercava ódio de tudo e todos, tão sutil e simples, um ódio que me corroia. Os olhares que me procuravam o engano morador que me ofendia, o triste fim da eterna incompreensão humana, prosseguem, e eu sei! Nada disso vai parar NUNCA, até a eternidade. Dizer que não fazem à diferença? Maldita mentira para mim mesmo, nada leva a lugar algum.

Resmungam altos e baixos na flor da pele, os nervos que pulsavam incontrolavelmente e minha mente que não fazia mais propriedade ao meu corpo se acalmavam e tudo se transformava em o fim de um pesadelo. Estava lá eu, prestes a acordar e eu sabia disso. A única alternativa que me restava era levantar a cabeça e seguir em frente, estatelar-se ao singelo luar que me confortava, doce ilusão, tentar esquecer dessa sociedade indecente e medíocre.

Acordo de um pesadelo real, algo condensa o ambiente, confusa responsabilidade que me seguia pra sempre, eu não tinha escolhido aquilo, tudo não passava de um inconsciente revoltado e sombrio, queria que as coisas acontecessem assim. Não reclamo, pelo contrário, me orgulho disso, símbolos de auto poder desafiarão-me ao eterno.

Essência de cor dourada, era tudo perfeito, minha opção era apenas seguir e seguir, quanto a isso? A única conclusão que eu posso chegar é a uma certa comparação, sem nexo HUMANIDADE, SOCIEDADE = LIXO, justifico. Nem essa comparação me traz uma condição de passar a qual sentimento que me atormentava, o lixo ao menos pode ser reciclado e reaproveitado, restos de comida destinam-se a vários fins naturais, agora a humanidade? Isso sim será o fantasma oculto presente na vida de cada um no seu dia a dia distribuindo o mal estar e o desespero




E aqui estou eu, com mais um estilhaço, alimentando novamente aos meus queridos insetos. Estava realmente sem tempo para o blog, acredito que agora volte a postar regularmente aqui. Obrigado pela atenção.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Blog desativado

O insetoscoloridos.blogspot está desativado temporariamente. (não por muito)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O parque de inversão

Bizarro era o trem fantasma em que todos saiam sem expressão, a roda gigante não era em pé, na horizontal, girava em alta velocidade, o "kamikaze" não girava de ponta cabeça, os carrinhos de choque não se chocavam, os palhaços eram tristes, no lugar de pipoca vendia-se frutas tropicais, tudo era ao avesso.

Dentro das proporções, sentimentos eram inexistentes para a menina, a felicidade não era presente, a tristeza não a rondava, o choro nunca fora derramado, o ódio não atormentava sorrisos não eram expressos, nervosismo não existia para ser contido, esperança não era necessário, mas lá a vida se vivia em paz, sem destino e sem motivo as pessoas faziam sexo e reproduziam o amor não era nem fascinação nem desespero. Lá tudo inacreditavelmente era bom, mesmo sem entender o que realmente a realidade proporcionava naquele mundo não havia a necessidade de matar, nem roubar e muito menos proporcionar sofrimento ao próximo.

Soaria estranho criar um próprio mundo, viver nele, não se preocupar com a opinião alheia, seguir em frente sem olhar pra trás, fingir que más companhias não se fazia presente no mundo? Talvez. A menina assim era feliz.

Chovia lá fora, tudo parecia um soneto divino, entre os carros lá estacionados e as pessoas que passavam rapidamente sem a notar era um caus, "Será que existo mesmo?" perguntava incessantemente a garota confusa. As pessoas podiam passar por cima dela sem ao menos sentir a sua caatinga que exalava no ar daquela cidade poluída.

A menina percebeu, que enfim ela tinha cordado daquele sonho maravilhoso e de nada mais adiantava criar uma cápsula ao redor de si mesma, deixando a morte para trás e relevando o que ela realmente sentia, nada mais dava certo, reprimir o ódio para si mesma para não ferir os próximos não era mais a solução e sim o sofrimento.

Ela andou a esmo, refletia o sinal de exaustão na sua face sofrida, adolescente sem coração, aquele vazio que tinha dentro de si era uma coisa nova, nunca sentida antes. Medonho era as pessoas que fazia de tudo para seu próprio bem.

Avistando ao longe aquela multidão de gente, o dia já escurecia, o pôr do Sol proporcionava uma leve brisa que aprisionava toda sua empolgação pelas cores que floresciam da noite em um mundo real, onde as pessoas estavam todas sorrindo.

A alegria agora a servia de farol, doía nela pensar que havia perdido o melhor da vida vivendo em um mundo ás avessas, o brilho único, individual, maravilha sem igual, sabia que já tinha a coragem (ou achava que tinha) de encarar tudo como tinha que ser e tomar conta de si mesma.

Luz fria do anoitecer, luz neon em seus cabelos, belezas, dores e alegrias, passavam tudo por um som, àquela descoberta de como é bom sentir as coisas a impulsionava em seguir este caminho. Logo ela notou, era um parque de diversão, muito diferente de onde ela morava nada era igual, um vendaval de descobertas a arrastava.

- oi
- oi
- você é sempre feliz?
- não
- então por que você cria uma falsa impressão para as pessoas?
- elas vem aqui para se divertir
- e se elas perceberem a sua tristeza
- de que mundo você é garota?
- não sinto
- sou incolor e transparente, posso ser muito falso quando quero

Encerrou a conversa com o palhaço, a menina degustava de cada palavra de infelicidade, uma tempestade de tristeza a arrombava, ela saia correndo de lá, atravessava a rua com lágrimas no rosto, coisa que nunca tinha sido sentida, a maré de ilusão não se alastrava mais.
Aquele carro amarelado com vidros escuros chamava pelo nome dela, simplesmente era a solução, ficar parada e conversar com um novo amigo, quando a garota sente deu estômago comprimir e espremer-se contra os outros órgãos e o sangue percorrer seu sistema digestivo, o impacto da cabeça com o áspero asfalto criava uma nostalgia e embasava a visão, era o fim e o início da vida.

Espalhafatoso era aquele lapso de razão e noção atormentava tudo, seu paraíso era perdido, amar era pecado, sofrer era o básico o preto e branco tomava conta, era a vida, a vida da inversão, mas até que ponto tudo era realidade? O que foi vivido?
Isso ela não sabia, só o que a ingênua garota queria era descansar e não presenciar mais nenhum sentimento que pudesse lhe causar dor.

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Ganhei este selo da Xu, agradeço muito. Repasso para: Max Psycho e Ingridi


Recebi da bem resolvida, obrigado :D Repasso para: Xu, Tatah Marley e Jôji.

ps.: fiquei um tempo sem posta porque realmente não tive tempo.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Moribunde


Sombrio era o cheiro de gás de cozinha, 01:31 da madrugada, brasileiros dormiam cientes em suas confortáveis camas e ele lá, em pé, apenas com a cueca dourada, enfeitada com uma bela ereção. A gaveta era branca, e o puxador maciço. Tão reconfortante era o silêncio, e estridente era o latido dos cachorros próximos. O ódio percorria suas veias, o rancor fluía, gotas de suor percorriam seu rosto delicado e simétrico, os dentes rangiam, a sensibilidade interior gritava, prestes a explodir.

Os fatos eram implícitos na memória, recuava todas as lembranças cruéis de um dia difícil e decepções sarcásticas, caçoado ele era. Sua aparência pálida, decidido a seguir em frente, descartando o cansaço e a falta de inspiração para criar uma morte objetiva que seja decorada a mídia como algo inovador, (sempre foi seu sonho, não apenas morrer por morrer) aquela dor que pulsava se tornava impossível de agüentar.

O suicídio, mais uma forma de fugir dos problemas e arrancar aquela dor, mas o problema era não apenas arrancar a dor, mas sim a vida, fato! Ótimo, sua vida era a dor, considerando os fatos não tinha o que perder. Ainda em pé e aquela ereção sem motivação continuava lá, firme, incomodado o rapaz que estava prestes a ter seu sangue espalhado por todo laminado verniz.

Mas que coincidência, era um fato bizarro, seu pênis apontava para a gaveta cheia de objetos cortantes que com certeza não ajudariam a prolongar uma vida, pensa ele "quem sabe seja um sinal corte alguma veia fatal e morra!".

Ele abre a gaveta e lá ele vê todos os talheres perfeitamente arrumados, como sua fixação por limpeza e organização, sua mão se direciona para as facas á direita, mas a da fileira do meio uma voz grita pelo seu nome. Assustado, uma ilusão? É claro, mas naquele estado a última coisa seria perceber o desequilíbrio que se encontrava.

Na fileira do meio ficavam as colheres, o rapaz pega duas colheres na mão, brilhantes, que material era aquele não importava, seu reflexo fosco contratava entre o cabo e sua mão, a colher pergunta:
- Seria um caso lógico entre o ódio momentâneo, levando a covardia fatal não levar seus sonhos a diante?
Era de se assustar, mas a insanidade do moço ainda ia longe e o diálogo aí começava:
- Meu vício e meu orgulho acabam de ser pisoteado, traído, mal feito e minha vida está começando a desmoronar nesse momento, vocês me questionam se devo ou não fazer? È claro que a decisão está feita, fazendo o favor das meninas voltarem aos seu lugar e me deixar morrer em paz ao mínimo com o talher certo?
- Que entojação! Hipócrita, imbecil, medíocre! Morra! Coloque-me no lugar e morra então se é este o seu desejo, sua proteção ás palavras alheias em fim acabou? Bem vindo ao mundo meu amigo! Lembraremos da nossa infância, a vida de uma colher é sofrida e muito prolongada, agora veja bem, o senhor apenas não tem as coisas em total eixo, então se esse é motivo pra acabar com sonhos e amores, vá em frente.
O sarcasmo da colher afastou o nevoeiro do desejo pela morte, e ele começou a pensar, enfim, não é esse o fim que sempre desejou. Seu sonho era morrer com classe, elegância, se destacando entre os outros, o terceiro ano estava no fim e uma nova etapa de vida começava.

Aquela conversa inebriante com seu sub-consciente acabara de salvar suas vidas a a lição pra si mesmo era simplesmente pensar e pensar sempre antes de agira á qualquer coisa.

O rapaz coloca os talheres de volta no lugar, aquele curto diálogo com as colheres o fez se sentir bem, proporcionava a si mesmo um belo sorriso em seu rosto, sabia ele como tudo podia ser diferente, bastava a ele impor e correr atrás do que era necessário. Ele fecha a gaveta, desliga o gás e se senta ao chão. Mas que surpresa, aquela ereção continuava lá! Ele tira sua cueca, liberando toda a sua excitação, se masturba prolongadamente, expelindo o melhor orgasmo da sua vida.


AHH *-------* e ganhei este selo da Bem resolvida, obrigado obrigado!

*Conceito: Esse Mimo são para aqueles editores de blog que tratam muito bem seus colegas, sejam iniciantes ou já antigos na blogosfera, são para os blogs que conquistam corações!
Repasso para: G. Sontachi, Biaah, Dantas e Tatah marley.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

As cores da noite

Cores, cores, cores! Tudo é tão colorido! Tudo é tão vivo! Tudo é tão alegre! Dizia a moça, eu gosto de vermelho. Vermelho me lembra sangue, eu gosto de sangue, também gosto de rosa, me lembra o doce aroma de flores. Inesperadamente aparece na frente dela aquele travesti de uns dois metros de altura, aquela bota de couro (saber se era couro mesmo), o cano percorria até o joelho, ela pensa "como será que aquele monumento consegue andar com aquilo?", sem falar da mini-saia dourada, ai sim era um luxo, cabelos negros, sexy!

Começa a conversa e o travesti pergunta:
- O que uma moça delicada e tão nova está fazendo em lugar como esse?
Era um espanto, será que aquele travesti estava afim da mocinha? Por que sabe, hoje em dia se espera tudo.
- Eu estou aqui porque sou lésbica, eu gosto de beijar garotas, e ao que penso vim ao lugar certo para pegar rachas! – Responde a moça constrangida.
Aquele travesti de meia idade não sabia bem o significado de rachas, sim, as gírias de hoje em dia mais vulgares, pensava, usando um pouco de malícia a palavra era decifrada.
- Enfim, você vem a uma festa de pederastas e espera o que? É claro que veio ao lugar certo. È a primeira vez que freqüenta esse lugar? Está sozinha? – Responde com um ar experiente.
Ou aquele travesti era super simpático(a) ou essa parte do "está sozinha" amedrontava a pobre mocinha.
A moça encara firme aquilo á sua frente:
- Vim com alguns amigos, mas todos já estão acompanhados. Minha primeira vez aqui, e estou excitada com todas essas garotas semi-nuas desfilando pelo palco.

Logicamente que não era acidentalmente que essa conversa se reconfortava com um fundo da Gloria Gaynor, advinha amiga, claro, I will survive! A menina estava encantada, extasiada com tudo aquilo, era anormal, um lugar em que ela era aceita, se encontrava no meio de pessoas que tinham a mesma escolha que ela. Ela se solta e vai á pista de dança com o travesti que praticamente dava duas dela e aquela musica era envolvente, e ela gritava alto a felicidade de estar naquele local. Tímida, mas naquele ponto, um pouco do álcool da bebida, a musica e conversa, parecia que ela freqüentava aquele local a vida inteira.

Gloria Gaynor acaba de se manifestar naquela zona, esqueci de mencionar? Era uma boite! Então, a menina volta lá com seus amigos, e claro, leva o travesti junto, eles sentam em uma harmoniosa rodinha e começam a comentar como tudo era tão divertido, e a musica era tão envolvente, acolhedor era aquele local!

Enfim, depois desta agitada noite, bebidas, travestis, drag queens, gays, lésbicas, onde tudo é aceito. Bandeiras do homossexualismo se espalhavam por todos os cantos, as luzes eram mega coloridas e claro que a moça pegou o número de telefone do gentil e acolhedor travesti, e o nome dele era Renata, ou Reginaldo, dependendo ao ponto de vista, eles vão para outro local, acreditando como a noite tinha sido maravilhosamente boa.

Então, viva as cores que a noite nos proporciona.

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Ganhei este selo do blog da Tatah Marley, agradeço muito.

E repasso para: Andreia , Peter e Beutiful Stranger

domingo, 24 de agosto de 2008

Nudez


Ao meu redor tudo parece ríspido e incolor, o reflexo da luz fluorescente nas paredes brancas arde os olhos, aquela musica ressoava pelo quarto, explorando cada um dos cantos com o maior interesse, seria tudo preto e branco a minha imaginação.
As pétalas da vida me diziam para sonhar e sonhar, o único lugar que encontramos o mundo perfeito, sem medos e preconceito.

Não buscarei os amores que eu não tenho, e quando tiver, nunca celebrarei. A leve brisa que atinge meu rosto sussurra que a chuva está próxima, o que eu mais quero é que chova e chova, MINHA MATÉRIA É O NADA.

O tic-tac do relógio regressa ao passado e eu me lembro de tudo, o que ficou pra trás, aquele barulho acrescenta um medo real, de tudo não acontecer de novo, eu quero viver!
Me sinto preso em círculos surreais. Algo disperso, e vago, é tudo tão estranho, recordações das más lembranças, quase tudo esquecido, volta á tona.

As coisas regressam e apascenta um novo brilho, criando uma cor azulada, quebrando o preto no branco. A realidade me chama, mas eu não consigo ouvir, ele me diz: "Vá devagar". Começo a diminuir o ritmo da fantasia e os ponteiros do relógio engrenam para trás meu corpo maleável e cansado deixa de ser nobre, tudo se extingue, maldita imaginação! Poderia eu arrancar meu cérebro fora ou não raciocinar mais pra não pensar na prosperidade do passado ou a exaustão que atinge meu presente e cria o medo do futuro?

Nem era dor aquilo que doía, segredos roubados lá do fundo, as coisas se tornam sóbrias, observando pela janela, eu sei que alguém se importa comigo, é um reconforto, sabendo que agora dói, ou tudo já se foi. Nesta bolha imensa que criei em torno de mim o silencio toma conta, não noto o rádio ligado e a musica tocando pela quarta vez no repeat.

Que sentimento é esse que me corrói? Não sei! Por que motivo estou assim? Não sei!
Por que eu fico assim? Será que alguém pode por compaixão me responder isso?
Me sinto nu em torno de tudo isso, ausente á moda, indefeso, qualquer um podem me atar, o medo dessa bolha estourar é imenso, mas eu sei que preciso acordar desse sonho.

Estarei esperando por alguém, não sei exatamente quem, tudo que a brisa me trouxe ela leva, o azulado some, minha rotina preta e branca volta ao normal, eu só queria me sentir vestido com a capacidade de enfrentar tudo e todos de frente, jamais cantarei o morto: ele é o próprio canto. Isso nem é a vida!

Será que é pedir muito para viver um pouco? Pular esse tempo e esse sentimento? Eu não queria estar nu aos olhos de todos, na verdade não estou, minha alma está transparente. Quanto mais tento fugir mais isso me persegue! Ó descoberta inútil.

Tudo se dissolve.
Que sentimento vive, e já prospera cavando em nós a terra necessária para se sepultar á moda austera de quem vive sua morte? Levanto da cama, e volto a sofrer.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Doce hipocrisia


Um vazio gélido recuava dentro do seu peito, a exaustão era extrema, a visão periférica era péssima, o capô do carro vermelho parecia sangue escoando em pequenas partículas ocultas, fazendo pequenos desenhos cadavéricos, a chuva ecoava no teto, a brisa gelada da noite permanecia intensa no seu rosto, o barulho de pneu de carros era alto, luzes embaçavam a atenção ao volante, as lágrimas caiam suavemente como seda na sua roupa encharcada, o desespero era extremo. Aquele paradoxo ambulante com os olhos ultraditalados criava um drama incesto, na situação criada por si próprio.

Sabia ele que sua estúpida covardia de assumir as conseqüências era mutilada pela sua hospitaleira nostalgia do medo. Certo que ele não tinha a obrigação de estar familiarizado com o acontecimento, mas não era necessário alcançar um ponto tão extremo, levando em consideração sua imaturidade e seu misterioso senso de preocupação com pessoas próximas, mas ele realmente a amava muito.

Tudo era tão bom, até o fato da violenta irresponsabilidade de uma noite tomar conta de uma vida, que aí em diante passa a ser uma tortura de nove meses, mais o "incomodo" (do seu ponto de vista) pardo até o fim. Kaboom! Uma bomba se alastra pela sua vida, seria o fim de seus sonhos, triste era o saber que sua carreira estava em jogo, sim era tudo que lhe importava, a um rapaz jovem, com tudo para dar certo.

Estranha melodia sussurrava no rádio, prendia a atenção, tocava ‘Beatles - Hey Jude’, música antiga, o baixo timbre trazia uma sensação de paz, mas a tentação de cair em um fiel soneto era intensa pois o que acabava de acontecer não era enfim um apoio de seguir em frente.

Após o prazer de uma noite calorosa de sexo, ele sabia que tudo estava dentro dos conformes, a virgindade de sua namorada de seis meses estava entregue em suas mãos, ao momento nenhuma prevenção foi notada, hipócrita era acreditar que a habitual "sementinha” não iria fecundar. Sim, estava grávida.

Dado a notícia, uma nuvem de ódio de si mesmo se alastrava. Dentro de um senso comum entre as duas partes o método escolhido então foi o aborto, confiantes que tudo ia dar certo dirigiram-se ambos para uma clinica ilegal. Suplantados na sala de espera, a ansiedade tomava conta do clima.

Chegou a vez, o aborto era feito em uma sala suja, desorganizada, sem higiene nenhuma, o ritual se inicia. O fluxo de sangue era extremo, nebulosos estavam os olhos da moça, seu rosto estava pálido, uma expressão fria e desorientada ao mesmo tempo pedia para parar. Um alto gemido é expelido, expressão de dor e uma morte.

Enjoado, irritado, sentindo nojo de si mesmo. Ele sabia que era uma abominação e um monstro. A musica acaba, e o desespero ao relembrar de tudo era um show psicodélico, cheio de torturas e mortes. Dirigir pela noite chuvosa sem rumo não era a solução. Ele para o carro, senta a beira da estrada, uma fera interior se alastrava, não havia mais lágrimas para serem derramadas, ele grita alto, olha uma foto dela em seu celular lembrando dos perfeitos momentos em harmonia que presenciaram juntos, tira do bolso um cigarro e acende, mas a chuva logo apaga. Atordoado e com muita dificuldade ele deita no ríspido e áspero asfalto e adormece com a brisa da chuva partindo seu rosto, enfim seu coração já estava partido mesmo, nada mais fazia sentido. Infantilidade? Imaturidade? Era o fim da vida de mais uma inocente moça que só queria ir em busca do amor acreditando que a vida é bela!

sábado, 16 de agosto de 2008

O fragmento desnorteado


Denotava-se a lucidez do momento o que estava prestes a acontecer. O ambiente era tão ameno e calmo, velas queimavam por toda parte, equivoca-se o seu reflexo nu nos espelhos que se encontravam por toda a parte, aquela cama macia, confortava ela intensamente, fazendo-a esquecer que aquilo era as covardes preliminares. Tudo contrastava roxo e vermelho, a música ao fundo tocava como ressoa para um drama.

De repente, o resumo de tudo, chega a ser invicto a forma de perceber que o interior está tão desabitado e vazio que causa um vácuo sem fim, duramente sentindo o sofrimento incolor de que a felicidade não há. A porta principal dos desejos se abre, e então quando ela percebe o êxtase está elevado.

Ele está sobre ela, beijando seu pescoço, sussurrando no seu ouvido, aumentando cada vez mais o clímax do momento, ela tinha a certeza de que melhor do que ninguém ele sabia como fazer. Leves gemidos ressoam no ar como um represo soneto que se mistura com o suave timbre do som. Existia-se intensamente duas presenças, só uma mente presente, e o crepúsculo se formava.

"O que estou fazendo? Eu não preciso disso!" pensa a moça. O reflexo do seu ato começa a passar pelos seus conceitos de confiança. Emerge de sua alma o arrependimento equívoco invicto, intocável, era isso, intocável arrependimento que não se manifestaria, além de seus sentimentos.

Ele a pressiona abaixo, empurrando e relevando as pernas a canto, tudo estava pronto, na hora ideal, ela sente um calor se aproximando de seus órgãos baixos, a certeza estava presente, tudo ia acontecer de novo, ela relaxa. Lentamente o contendo do homem inicia, ela se debate, o prazer é extremo, a penetração está constante, a luta na luz baixa do quarto que contrastava com a luz das chamas, era contra a covardia de não assumir, mas isso não era necessário, ela sabia que tinha tudo que uma mulher sonhava.

O marido perfeito, bonito, trabalhador, bom caráter, a trata como uma princesa tem um filho de sete anos de idade, bem educado, ama a família e ela sabia que amava muito seu marido. A escritura do dominio de uma aventura trágica revela uma exaustão extrema, aquilo tinha que acabar! Seu lugar era fiel ao lado do homem que ela realmente amava e não alguém que a levava a ter orgasmos múltiplos. Nesse momento é a primeira contração e um prolongado orgasmo vem á tona, da parte dos dois.

O perfume exalava o cheiro forte da ejaculação, que pairava como uma tática de descanso, uma hora havia passado como ela já imaginava, das outras vezes, foi mais um sexo carnal e maravilhoso, mas a emboscada já estava formada, ela tinha que dar um fim naquilo, desde já! Ela levanta, veste seu deslumbrante vestido púrpura, calça seu escarpã. Vão até o balcão do motel, apanha uma pequena faca de cozinha, desatada e descontrolada, ela se atira sobre o homem ainda deitado, alucinado. Desnorteada, ela o atinge com múltiplas facadas, tendo a certeza que a vida teria um fim.

Ela sai do quarto, desce até o estacionamento, entra no carro e dirige até a escola de seu filho, pois a aula já havia acabado. Ela sabia que a confiança que seu marido tinha nela havia sido cruelmente corrompida, mas ela tinha certeza que tudo não passou de um transvio e nada acontecerá de novo, na porta da escola, ela encontra o homem amado com seu filho, ingenuamente ela se aproxima, com uma lágrima marcada em seu rosto, e renúncia ao passado, beijando-o brandamente!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Histérica dimensão


Era uma noite de inverno, a brisa leve invadia os cantos da casa, enquanto o fogo da lareira se estremecia, causava uma luminosidade leve que contrastava com o tapete preto acinzentado, as cortinas de voal branca ganhavam um toque especial com as gotículas de sangue que simpaticamente escorriam, deixando um rastro cruel.

O moço, um rapaz de aproximadamente 19 anos, boa aparência, boa situação financeira, amigos fiéis e um relacionamento estável, tudo que alguém categoricamente sempre quis, mas na verdade ele não era completo, um grande vazio amedrontava sua alma.

A simplicidade como tudo havia acontecido era tanta, que chegava a ser inacreditável o fato de tal importância ter se realizado. Mas na verdade era só uma experiência a mais, não constrangia nada nem ninguém lá presente.

Ao centro apenas o ser, vítima do ódio, ninguém entendia o que era aquilo, que enfim não devia estar lá, as marcas da heroína presente em seu corpo era visível e ele tinha uma expressão de medo naquele rosto frio e sem sangue.

Em um momento tudo se retorcia e a realidade não era mais a mesma, aquilo tudo tinha desaparecido e uma nova dimensão tinha se formado.



Era uma alegre tarde de primavera, as flores amarelas dos ipês se expandiam pelo vasto gramado verde-limão, com pequenas brotoejas que se expeliam para fora, a melodia dos pássaros coloridos celebrando o sol forte que batia nas costas ardentes do rapaz criava um clima de tranqüilidade e uma suposição de bem estar.

A calçada era amarela, as paredes verdes, e a casa era simples, detalhada com uma arquitetura clássica, ao mesmo tempo moderna, aqueles pingos de verde-limão nas cortinas esculpiam listras que ao longe se notava a lucidez que aquilo causava á sala. A lareira amarela tinha chamas verdes, que bradavam o ar com um leve cheiro de corante caramelo.

Em meio aquele gramado florescente estava o ser, amarelo, manchado com o verde incessante que saia de seus cortes, mas era uma sensação de satisfação, pois quilo não era o fim e tudo ainda ia dar certo, mas parecia ao mesmo tempo obsceno pelo fato de estar nu, mas tudo era normal e simples, para aquele garoto amarelado, tão simpático e bonito.


Ele acordou, se levantou da possa de lágrimas que acumulava ao chão, subiu na cadeira em meio á cozinha, enrolou a cortina branca no seu pescoço, e se atirou, agonizou por pouco tempo. Seus olhos brancos eram cadavéricos, e ele tinha a certeza que a longa viagem falsa da vida havia acabado e o inferno seria seu fim, aquilo o acalmava e ele sabia que o que ele tinha feito tinha sido o correto!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ao lixo


Eu não sei pra que escrever, ou o que escrever, direciono esse post então ao: lixo!
Ao lixo da incapacidade do homem de reconhecer fatos e evidências, como o ser humano por atitudes e fatos se direciona direta e condicionalmente como UM LIXO!

As vezes o raciocínio deve deixar a certeza da morte dolosa pra traz, mesmo que a mente já está cansada de tanto soul, de tanta pseudo-inteligência que tem como obrigação fixar na cabeça de alguém, o descanso é necessário, tão fugaz e inferior ao auto estima que levanta a própria vida a ativa.

Hoje enquanto esperava a chamada pra minha consulta, aquela sala de espera meio florescente, com aqueles neons e quadros abstratos espalhados por toda parede verde e amarela. Que causava um contraste com o chão acinzentado e fluído, marcado com pegadas e barro por todo o lado, eu já tinha ouvido meu repertório de musicas no celular umas três vezes, eu não suportava mais aquele atraso só pra uma avaliação fisioterápica, peguei uma pilha de revista, e quando eu digo uma pilha é uma pilha mesmo, pra vê se as pessoas se tocavam a agilizar aquela lentidão!

Um fato me chama a atenção naquelas revistas, o rosto simétrico, os corpos top, as expressões marcantes, aquela beleza invejável dos modelos que aparecem nas campanhas publicitárias, ééé... hoje em dia a inteligência e fatos a respeito forãm deixados para traz e quem tem beleza, tem TUDO! Isso me da raiva, como pode essa sociedade com o tempo em vez de progredir, regressa cada vez mais e mais e a hipocrisia toma conta do cruel roteiro da vida.

Mas voltando a parte do lixo, o lixo de um homem pode ser o tesouro de outro, como pode alguém apostar todos os sonhos e serem despedaçados e desintegrados, e as expectativas todas apostada em algo que fielmente toma um rumo ao fim. Pessoas acreditam que a vida é festa, sexo e mais sexo, bebida e o desterro de um relacionamento duradouro que vá para o ralo enquanto a hipérbole de outros com um casamento estável, uma situação financeira boa, filhos e o emprego dos sonhos, ou seja, sem perceber, o lixo de um é o tesouro do outro.

Acredito que um dia tudo mude, que as pessoas valorizem mais o caráter humano e não desrespeitem tanto a tamanha infidelidade que nos causa, então, só direciono isso ao lixo, o lixo do homem!

sábado, 9 de agosto de 2008

O suicídio de Adalgisa


Adalgisa acorda com uma sublime paz interior, apesar de tomar a consciência de como o "seu" mundo estava desmoronando dia a dia, sem pausas. Ela se senta á mesa para comer sua tigela de cereais com frutas, apesar de tudo ela sempre teve uma alimentação saudável, não era por nada que seu corpo era invejável e escultural.
Ela observava atentamente o contraste do sol que invadia os cantos de sua cozinha, e atingia a calórica embalagem de empanados sob a pia, ela notou como a noite havia intensamente tomado conta dela e que aquela vida deveria acabar.

Adalgisa era privilegiada com um cabelo louro, brilhante, que lembrava ramos de camomila afáveis intocáveis. Morena esfogueada, blândula, a mulher que qualquer um adoraria passar uma noite após um jantar, ela tinha assuntos interessantes para conversar. Mas na triste realidade Adalgisa não costumava passar as noites no seu confortável aconchego entre quatro paredes.

Adalgisa era prostituta. As noites frias e melancólicas, a persignarem sua integridade, no inicio parecia o paraíso isolado da Terra, nada melhor do que ter orgasmos e fazer um homem feliz e ganhar pra isso. Seus serviços sempre foram ótimos, ela tinha privilégio de escolher o cliente, geralmente eram de alta sociedade, ela acentuava-se sobre uma mulher realmente batalhadora para conseguir a vida, digamos que não de uma forma tão digna. Mas no fim aquilo se tornara ríspido, inútil, incomodativo e encasual. Ela queria dar um fim naquilo.

Certo dia ela vai em busca de um emprego, não possuía segundo grau completo, nenhum curso superior, nenhuma experiência profissional, a realidade caia em si. Adalgisa conheceu Gilda em uma noite de trabalho, Gilda era uma mulher irresistível, sua pele clara criava um contraste singelo em seus olhos esverdeados, o cabelo castanho macio parecia fios de seda árabe, da melhor qualidade, ela tinha essa profissão refugiada da família, ela era mãe de um garotos de 5 anos, que vivia com o pai, marido que não fazia idéia que as noites de sua esposa não se passavam num centro cirúrgico de plantão.

Gilda era a única amiga presente na vida de Adalgisa, que sempre fora solitária e era uma mulher vencedora, pois sem pais, ela havia sofrido um atentado de assassinato aos 12 anos de sua irmã mais velha Adaljosa. Foi á Gilda que ela recorreu, e então ela notou que o sentimento que ela carregava por Gilda era maior que uma singela amizade e aquele novo sentimento descoberto não poderia ficar guardado em um coração cheio de ódio e desprezo ao mundo, algum sentimento bom deveria sair de lá.

Gilda chega no edifício dela e sobe até o décimo segundo andar, entra, pois a porta estava aberta, ela encontra Adalgisa na janela, em pé, trêmula, seu rosto estava inchado da freqüência do sono insano não largava a incondicional depressiva mulher que estava prestes a suicidar-se, ela sabia que o sentimento pela sua amiga era impossível e aspirado de cogitação, sua vida era um lixo, ela não tinha amigos e nunca seria alguém na vida, ela havia escrito uma carta para Gilda que estava em cima da mesa de centro da sala, ela apenas sussurra que a ama, dá um passo para frente.

Seus árduos cabelos loiros se elevam ao vento e seus braços pressionam-se para cima, ela sente seu corpo entrar cm contato com o asfalto ápero, a matiz de sua vida estava prestes a acabar, ela cai de peito ao solo, ela sente seu coração palpitar rapidamente, e seus órgãos se esmagam e uma hemorragia interna começa, ela sente o sangue subir pela garganta e aquele gosto de ferro se expelir de sua boca, ela agonizou por uns dez minutos e então aquele era o fim, da estilhaçada vida de Adalgisa que ficara pra traz!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O soneto do futuro


A única coisa que eu sei é que hoje é quarta e amanhã é quinta e depois de amanha sexta e depois sábado e domingo, quando me dar conta já é quarta feira de novo, e esse tempo voa e a vida passa.

Quando as luzes se apagam a noite, que vou para a cama, eu sinto uma segurança, quem não acha a telúrica noite em baixo das cobertas relacionada ao pensar e refletir sobre a vida até o tão necessário sono chegar e nos adormecer. Pensando e pensando, ontem eu tive um sonho muito estranho, eu sonhei que eu acordava e me deparava com outro planeta, os mesmos amigos, os mesmos pais, as mesmas coisas, mas na verdade tudo era verde e cinza, o que criava um contraste triste a abominável, ao longe eu reparava nos anéis de Saturno, o frio era exaustivo, eu entrava correndo em casa e chamava minha mãe e ela dizia que eu tinha acordado de anos que estava em repouso, não havia barulho nenhum, apenas as vozes que se referiam a mim, os recalques sublimes dos detalhes da minha aparência parecia mais jovem, aproximadamente eu tinha rejuvenescido uns cinco anos, sonhos não tem fim e então eu acordei, simplesmente é disso que eu lembro, me lembrei agora pouco quando ouvi a palavra Saturno numa musica da Rita Lee.

A melancolia do dia a dia se transforma pouco a pouco em direções que se misturam com os caminhos que devo escolher para o futuro, quem sabe eu me preocupe demais, agora eu comecei a me questionar sobre a vida, se o corpo humano é uma obra tão estável a superfície terrestre o seus órgão tão perfeitos para nos manter com uma exaustão de até cento e poucos anos (salve a Dercy), como sabemos que o que vivemos e presenciamos é verdade ou quem sabe que nós existimos. Questões de deixar qualquer um louco. Até hoje ninguém provou nada sobre o grande mistério envolvente da vida, me preocupa em ter a certeza que vou morrer sem tirar satisfação das minhas dúvidas.

Mas enfim, onde eu queria chegar é no fato do futuro, tão vasto, sutil e consistente ao fracasso ou ao sucesso, o drama e o sofrimento de vidas inexatas, a que o fim é lógico e afugentado dos planos: a morte. Eu tenho medo, muito medo da velhice, do sádico futuro, das relações que vou estabelecer numa vida só minha, na múltipla idéia que não terei auxilio para decisões ou a farta definição do que sempre me disseram na adolescência, no rumo que tudo vai tomar, eu tenho medo, medo do futuro.
Mas quem sabe até eu completar minha liberdade total a sociedade entra em silêncio e os comovidos olhares que me atingem sumam, e a evolução comece.
Quem sabe a paz reine e o entreposto da inteligência, a beleza e o status também deixem só história.

Se observarmos já evoluímos muito de décadas pra cá, quem sabe o sereno tempo que voa intensamente por cima de nós prossiga a prosperidade do futuro. Proponho que suavemente podemos redimir e não reprimir mais as pessoas e então nos redimir amorosamente ao encontro com um futuro formidável e colorido, não verde cinzento como no meu sonho, e então a semblante melodia da paz reine.

domingo, 3 de agosto de 2008

Estética


Antes de vir aqui postar, eu estava assistindo NipTuck, é uma série dramatizada americana onde aborda os temas da cirurgia plástica, de dois esteticistas bem sucedidos com uma clínica de sucesso em Miami, apresentando o lado obscuro e incesto da beleza notável de pacientes com o rosto desejado.

Isso me deixou com um fato na cabeça. Eu realmente adoro assistir a isso, mas até quanto vale a mutilação e modificação do próprio corpo em uma mesa de cirurgia para se tornaram ser de ótima aparência física? Pretendo eu seguir o ramo da cirurgia plástica, mas enfim, muitos justificam o caso como um aterro psicológico, em que em busca da forma perfeita estará em bem com si próprio e quem sabe até impedirá uma forte depressão. No episódio de hoje retratava a consulta de uma mulher hiper mega master gorda, maníaca-depressiva que queria dezenas de cirurgias em busca da beleza de modelos top. A cirurgia não foi feita por fins práticos á mulher acabou se suicidando.

Isso está presente fora dos estúdios da Warner, bem mais perto do que a gente imagina, eu posso dizer, que por uma lado sou feliz com mim mesmo, com meu corpo, minha aparência, mesmo não sento um ícone de beleza, não nego que gostaria de ter a aparência perfeita, quem não quer? Aaaaih, às vezes da raiva, beleza na sociedade de hoje em dia é tão importante e levada em consideração que os fatos não indicam mais com aquele velho ditado que o que o que importa é o caráter, pois não é mais, não adianta, por mais que alguém discorde intensamente sobre isso, enfim é isso e pronto, até empregos são negados para isso. E querendo ou não, cirurgia plástica bem feita e com um ótimo pós-operatório ,não influi nem um pouco na saúde do paciente. Então eu penso, eu quero, eu quero, eu quero uma cirurgia plástica, reparar meus erros e ir a busca da perfeição.

Agora eu olho aqueles artistas famosos com uma idade super considerável com rostos lindos aparentando metade da idade que tem, então damos um viva a cirurgia plástica, aih eu a admiro. Você olha aquela mulher com o rosto simetricamente igual e notavelmente perfeito, o corpo com curvas intensas, pele macia, cabelo sedoso, lábios carnudos e bem desenhados, abdômen invejável, seios e bunda volumosas, então vem a revelação, dezenas de cirurgias foram feita para conseguir o efeito, e cadê a naturalidade? Na hora do sexo, farei sexo com um corpo necessariamente 50% cirúrgico? Sem contar transexuais que passaram por uma cirurgia de redesignação sexual e tem até uma vagina cirúrgica, foram em busca do que quiseram e conseguiram, podem ser feliz com o que são hoje e ponto.
E então um VIVA para a medicina!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Imagine!


Sabe aquela musica "imagine", que se tornou o hino de paz da década de 70? Do Jhon Lennon, integrante dos Beatles, um ícone do século XX. É eu estava escutando ela e resolvi escrever sobre, pois me envolvi nas palavras da musica e simplesmente comecei a imaginar e imaginar. Então eu imaginei como se não existisse aquelas teorias conspiratórias ou além a fim de explicar a existência de algo, mais diretamente me refiro aquelas teorias criacionista, enfim, o mundo surgiu de Deus ou da ciência, e imaginei que acima de nós (considerando fatos da fé) não existisse o paraíso onde viveríamos eternamente felizes e nem o inferno, apenas o céu, o simpático céu, encontrando-se com forças superiores.

Então imaginei que as pessoas começassem a viver o dia de hoje sem e preocupar com o de amanhã, sem precisar trabalhar ou estudar compulsivamente pra garantir um futuro (eu sei, e tenho os pés no chão que algo assim não é possível sem alcançar a estabilidade... mas nada passa de imaginação), vivendo e aproveitando cada momento, cada sorriso, cada instante que se passa com alguém especial ou alguém que amamos.

Imaginei um mundo "aberto", apenas um oceanos e terras interligadas, um local só, sem divisão de países, culturas e idiomas, sem razão pra matar ou para instigar o preconceito na pele de qualquer pessoa seja ela de cor diferente, opção sexual ou status social. Não existisse o dinheiro, apenas a felicidade, o bem estar de todos, a saúde presente na vida da população e a PAZ!

Imaginei a vida das pessoas sem solidão, com muita amizade no coração de cada, sem sofrer por amor ou sofrer por amizade. Apenas os sentimentos de um destino simples: viver perfeitamente feliz e ameno com todos. Não haveria mais raiva ou ambição pela qual traz tanta desgraça. Sem a ambigüidade de qualquer palavra ser relacionada ao bem para si. Incerta imaginação a minha.

Quando chega o fim da música e a imaginação vai se reduzindo e caindo na realidade.
"Você pode dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único "
Voltando a esse mundo carrasco em que vivemos, um mundo triste, um mundo sem esperança, cheio de desigualdade em todos os sentidos. Mas eu acho que cada um tem que fazer sua parte e em pedaços da vida vai construindo uma carreira digna e ética inteiramente parcial com as pessoas, tudo começa acabando com o ódio e o preconceito, quando o limite da raiva for atingido, é só sentar, descansar, refletir e tudo volta ao norma, não andar na rua e olhar torto pra uma pessoa por ela não ser como você.
E eu torno a parte do imagine, até lá, nos basta imaginar e imaginar, o mundo PERFEITO!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

E tudo volta ao normal


È, enfim, finalmente acabou as férias e aquela tentativa de descansar de uma rotinha que eu não estava necessariamente cansado, mas como todo mundo faz de conta que sim, e que nesses período de 15 dias a vida se torna um paraíso e quando volta as aulas o mundo acaba novamente.

Eu tento estudar, porque sinceramente eu não quero ser mais um vagabundo no mundo que não tem futuro e apenas um 2° grau completo, aos "trancos e barrancos" (ui, minha bisavó aos 90 anos de idade fala isso, mas combina com a situação), só porque talvez os pais obrigassem, então, vontade eu até tenho, mas as vezes da um desânimo. Parece que essa vida não vai pra frente, mas enfim eu me conformo, pois nada é como a gente sempre quer, o jeito é aceitar e seguir em frente.
Mas voltando a rotina, eu acordo, vou pra aula, volto, almoço, dou umas saidinhas á tarde casualmente, mas não muito freqüentes ou faço algum curso que eu gosto e pronto.

Sim, e eu gosto disso, e não acredito que isso possa deixar a vida de alguém um lixo, eu sei que é monótona, mas pelo menos a meu ver agora vem o esforço pra depois a recompensa. Mas aquele fato da ambição nos fazer querer ganhar todo dinheiro do mundo e ser reconhecido por ser uma pessoa que geralmente não somos, mas passamos uma boa imagem. Pensava nisso enquanto voltava da aula e agora eu vejo que minha vida é ótima, tenho bons amigos, não vou mal na escola, meus pais me amam e isso é o que eu preciso para ser feliz e essa "monotonia diária" pode se repetir o quando for preciso para eu chegar no auge dos meus sonhos e ver que tudo que aconteceu até hoje valeu a pena e ainda vale. Procuro aproveitar a vida ao máximo com as melhores companhias, da melhor forma e com as pessoas que eu mais amo.

Mas enfim como eu não quero deixar esse post enorme que só de olhar dá um desânimo deixo por isso mesmo, essa é praticamente minha rotina, varia nos detalhes um pouco, mas nada com a seguir inconscientemente ficando feliz quando acontece aquele fenômeno de "olha que legal, hoje eu vou quebrar a rotina". Mas claro, não quero me olhar no espelho e dizer, que realmente estou preso a minha rotina. Então sigo da forma mais adequada possível.

domingo, 27 de julho de 2008

Fora do comum


E eu acabo de chegar em casa, tomar banho e desfazer a mala, sento aqui depois deste SUPER final de semana e penso em tudo que aconteceu, postando aqui os melhores momentos da minha vida.
Não está na minha rotina ir á outra cidade para visitar uma amiga (infelizmente), mas isso mais uma vez aconteceu. Sexta, ao meio dia eu viajo 2:30h até chegar, quando chego encontro, meus amigos, dou um abraço apertado pra matar a saudade. Então a gente sai de lá e vai caminhar pela cidade, inclusive uma cidade muito torta pro meu gosto, mas eu não fui lá pela cidade. Mas muito simpática também, fomos jantar fora e comprar ingressos para a festa do dia seguinte. Chegamos em casa ainda na sexta feira e fomos para o computador, entramos no msn (6) e tiramos fotos aos monte. Mas enfim, fomos dormir cedo pra guardar as energias pro dia seguinte.
No sábado, acordamos próximo ao meio dia e vamos arrumar o quarto e após almoçar. Almoçamos e saímos novamente. Íamos a pé, mas acabamos desistindo, pois nós não agüentaríamos o longo e árduo caminho. Chegando ao centro, tiramos mais pilhas de fotos, enfim, encontramos mais um amigo e passamos a tarde na casa dele, conversando, dançando obscenamente e rindo.
Buscamos nossas roupas na casa da minha amiga pra se arrumar na casa dele para ir a festa de uma "casa de shows" ou sei lá como se chama aquilo, nos arrumamos e partimos para a festa cujo o nome era Perfect music life.
Era pra ser uma espécie de "rave", sem hora pra acabar. Dançamos muito, e bebemos, a musica estava ótima, mas as pessoas daquele local não me agradavam, era a noite do cabelo diferente para nós três, eu não sentia meu cabelo se mover sobra a minha cabeça. Era um local ao ar livre, com um amplo estacionamento no mato em companhia com vacas. Tinha um ônibus muito aconchegante naquele estacionamento, de uma tal de banda variação eu acho, com umas simpática valetas de barro enorme (sente a ironia do simpática), e muita muita lama.
Fora de lá aconteceram coisas fora do normal, mas isso não vem ao caso.
Mas enfim, meu final de semana foi perfeito e eu precisava contar isso. E espero que isso se repita muitas e muitas vezes.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Mechanical Man


Charles Manson, sim, um assassino americano ou Serial Killer como era chamado, uma série de assassinatos foram supostamente causadas e levadas a fins de terror e ameaça sobre os dias da gloriosa América.Filho de uma prostituta e freqüentador assíduo de reformatórios juvenis pelos crimes de falsificação e roubo, Charles Manson acabava de cumprir uma pena de dez anos, em 1964 , quando formou uma comunidade estilo hippie em Spahn Ranch, perto de Los Angeles. Mas pelo lado da macabra filosofia de Charles Manson, críticas e críticas ainda são feitas (1934 - nascimento), pela vida cruel e impiedosa, mais poderoso intelectualmente que aqueles que o condenaram, claro, talvez um gênio, nem sempre as ideologias e prática dos tais "gênios" são para o bem da humanidade. Mas que humanidade é essa? Manson acreditava que a humanidade é o pior 'bicho' que tem, o ser humano rouba, mata, não dá valor aos preceitos que lhe são oferecidos e enfim, não lhe sentia nem um pouco culpado pelo fato de estar tirando a vida das pessoas sendo que de certa forma em uma maneira geral se bons ou maus, sempre tinha um poder extremo de criar em uma comunidade seu próprio óbito.
Hoje eu resolvi postar sobre a curiosa vida desse homem, que segundo a minha opinião é um ícone da cultura americana, julgado e criticado mesmo não entendido aos seus fins. Psicopata, louco, doentio, assassino, ele não se importava, seguia em frente com seus crimes. Em 9 de agosto de 1969, um grupo de seguidores de Manson invadiu a casa Cielo Dive de Roman Polanski,em Hollywood, assassinando sua esposa Sharon e mais quatro amigos do casal. As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até a morte, e o sangue delas foi usado para escrever mensagens nas paredes. Em uma delas foi escrito "Pigs". Na noite seguinte, o mesmo grupo invadiu a casa de Leno e Rosemary LaBianca, matando os dois. As mensagens escritas na parede da casa com o sangue das vítimas foram "Helter Skelter", "Death to pigs" e "Rising". O objetivo dos assassinatos planejados por Charles Manson era começar uma guerra que, segundo ele, seria a maior já travada na terra, denominada de "Helter Skelter". O nome "Helter Skelter" corresponde ao título de uma música dos Beatles onde, de acordo com Manson, havia uma maior quantidade de mensagens subliminares.
Charles Manson foi fundador de um grupo que cometeu vários assassinatos, era a Família, ele era tratado como um rei pelas suas idéias grandiosas e bem definidas na época.
A promotoria referiu - se como o homem mais malígno e satânico que já caminhou na face da Terra e ele foi sentenciado à morte. Mas, com a mudança no código penal do estado, a pena deles foi alterada para prisão perpétua. Desde então, Manson vem tentando mudar sua pena para condicional, mas nunca conseguiu. Sua última tentativa foi em 2007.
Charles Manson criou a musica Mechanical Man que posteriormente pela repercussão com o poema adaptado em cima da música ou poema My Monkey teve uma grande história sobre si.
Precisamos de pessoas que possam mostrar ao mundo que não vivemos numa bolha de harmonia e parar de passar a imagem de pessoas felizes e satisfeitas com a vida que tem, concordo, não é necessário acúmulos de assassinatos frios para provar ao mundo a indecência em que vivemos, apresentar novas idéias e ser notado nessa imensidão de hipocrisia e preconceito da sociedade atual.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Tem dias que....

Tem dias que parece que a vida não vai pra frente, que tudo pára, em uma fração de segundos e algo inesperado acontece como um terremoto em nossas vidas ou em uma fração de séculos, mas que na verdade não passou de singelos 60 segundos de uma sensação desagradável e sólida demais para os sentimentos diluir e com um falso sorriso no rosto dizer como o dia está lindo e eu sou feliz! Agora enquanto escrevo isso, eu escuto musicas que eu busco inspiração pra não escrever qualquer coisa inútil que quaisquer pessoas com o mínimo de vontade de ler um texto que alguém escreve do nada não ache ridículo e sem nexo, mas tem dias em que do nada nosso cérebro "pára" de funcionar e por mais que pensamos e pensamos a conclusão não passa de uma linha sem proveito nenhum, e o sintaxe da nossa inteligência parece que voa em direção ao nada e abandona uma cabeça vazia.
Tem dias eu que eu acordo com o melhor humor do mundo, minhas vontades de realizar fatos e se divertir, correndo atrás do que meu corpo vulga por animação, e sim, em pleno julho, no inverno que segundo as fenômenos climáticos por quê motivo inexplicado pela benevolência do homem de não dar valor ao meio ambiente é sim capaz de pessoas se divertirem de um modo nada depurativo de humor; e tem dias em que eu acordo com o pior humor do mundo, é! Então eu olho envolta e procuro uma motivação de levantar da cama e seguir com o dia, até passar na esperança do amanha ser melhor do que o hoje.
Tem dias em que tudo dá errado, por mais que eu tente e tente ou por mais que eu vá atrás das coisas e tento passar por cima dos obstáculos tudo dá errado, eu não posso dizer que isso é fato do destino porque conforme minha variação de humor, tem dias que eu acredito em destino e que por mais que as coisas sejam realizadas para o melhor, "tudo está escrito e será como tem que ser", mas tem dias que o destino deixa tanto a duvidar que as crenças começam a questionar, será que tudo que tenho vivido e acreditado não passa de uma mentira inútil e as pessoas patéticas idolatram algo superior que não existe e sim tudo é uma história refugada de um conto posterior, mas tem dias que tudo parece que se encontra na fé e o mundo dá provas claras disso, como pode uma só pessoa, com um só cerebro que nem 5% da capacidade não é utilizada pode manter visões e opiniões tão diferentes numa maratona de dias em que o mundo parece das avessas? Quem nunca parou e se questionou, por que eu sou tão bonito? O que eu fiz pra merecer isso? ou por que sou tão feio? Eu nunca fiz nada para merecer isso! A beleza hoje em dia é fundamental e levada em consideração atropelando até conceitos técnicos de libertação de uma Q.I maior, então tem dias em que você acorda se achando a pessoa mais perfeita do mundo e ás vezes um lixo!
"Maldita variação de espírito!"
Vamos subir em um pilar e fixar uma ideologia prática de vida que nos motive ate a morte objetiva. A morte é nossa única companheira fiel, sempre estará ao nosso lado e atormentará nossa vida até ela seguir seus pontos cardeais e cumprir sua missão, acabando com uma vida de preferência com o modo mais doloroso possível, a morte, a maior parceira.
Tem dias em que eu acordo achando que tenho os melhores amigos do mundo, os mais sinceros, mais companheiros, e que estará do meu lado pra sempre, mas tem dias que eu acordo com a impressão que eu devia abri mão de tudo e ir em busca de uma vida nova.
Tem dias que a vontade de desistir de tudo é maior que a vontade de prosseguir essa peregrinação da vida, e que resposta posso me dar? Suicídio? Deixar algo monólo dar um fim impiedoso em mim? Não, eu prefiro levantar a cabeça mesmo mais prolixo possível e seguir adiante. Mas chega! A vida, o ser humano, a ciência, a religião, o próprio Deus não passam de incógnitas que acompanharão todos nós até o fim, o jeito é aprender viver com isso e lidar com o apelo humanitário de desistir e acreditar que tudo não passa daquilo chamado vida.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A obscenidade!

Ele acorda com uma grande dor nas suas pálpebras, sua cabeça lateja como se fosse explodir, seu corpo parecia maleável a ponto de fazer um nó. Com dificuldade ele olha para o lado e torce para que o rádio funcione novamente, mas com muito esforço ele levanta daquele chão nauseante, o cheiro de morte infestava o lugar, foi quando ele olhou e viu seu crânio amassado e um cheiro de putrefação enorme, uma possa do tamanho de uma panqueca escorria pelo chão cinzento, foi quando ele notou, a obscenidade e o desejo instinto do ser humano acabava de dar fim a uma vida inocentemente.
Depois disso ele levantou, foi até lá e chutou o corpo de sua irmã que estava expelindo sangue por todo o seu rosto e em seus lábios carnudos penetravam o líquido amarelo esporado pela boca, ele resolveu ir em direção ao corpo e tomar uma decisão, ele parou por um instante para deslumbrar sua maravilhosa nudez, olhando atentamente aos pelos pubianos bem aparados e seus seios fartos e macios.
Logo ele tomou conta da situação, que sua mãe logo chegaria em casa e ele devia usar sua habilidade de esconder modos e enterrar duma vez aquele corpo ensangüentado.
Ele se levanta e nem por um instante lamenta a morte da irmã e se recorda do fato acontecido, quando sua irmã estava tomando banho, um fluxo de desejo correu as suas veias e ele chegou até a porta do banheiro e entrou, abriu as portas de cerâmica do Box e ficou olhando atentamente ao delicioso corpo escultural de sua irmã, ela violentamente empurra o garoto pra fora e sai atras dele com o punho em pé para dar "uma lição", é quando o garoto ajunta o rádio doméstico do seu lado e atira nela incessantemente, engolindo todo seu remorso. O rádio atinge sua irmã, ela ensangüentada golpeou com o abajur o centro da cabeça do garoto e os dois desmaiam no chão impecavelmente limpo até o momento.
Após relembrar o acontecimento, ele vai até a garagem e apanha uma pá, vai até o quintal dos fundos e começa a cavar compulsivamente uma cova, até que ela fica pronta e ele corre buscar sua irmã. Chegando ao cadáver,ele se ajoelha ao seu lado e toca sua genital, sentindo que seu corpo já estava esfriando, ele se excita com o fato de estar tocando em um órgão feminino pela primeira vez, sua mão penetra para dentro dela, ele tenta seguir adiante com o ato necrófilo e abaixa suas calças, deitando sobre o corpo gélido, quando ele escuta o carro de sua mãe encostar e o pânico toma conta de seu corpo, seu coração acelera e sua presença súbita de amordaça sobe pelas veias até petrificar seu corpo.
A mãe dele entra pela porta, e olha fixamente para o garoto e analisa a situação, vê o corpo da sua filha nu ao chão e com as pernas entre abertas, e seu filho ajoelhado com a mão dentro do canal vaginal dela e sob o efeito de uma ereção, a mãe se aproxima dele e o lança contra a parede, batendo a cabeça e adormecendo novamente.
Horas mais tarde o garoto acorda com o choro solente de sua mãe sussurrando que é isso que se faz com garotos maus, o garoto abre o olho e se depara com a figura de uma mulher jogando terra sobre ele, a tentativa de gritar é insípida, pois seus lábios estavam costurados como uma calça jeans, as mãos estavam amarradas junto aos pés, seu corpo estava totalmente imobilizado, a terra úmida vai tomando conta de suas fosas nanais e seus olhos começam a arder terrivelmente, e o garoto apaga, morte súbita de insuficiência respiratória, e a mãe continua sussurrando: - Quantas vezes eu já falei pra você não chegar perto do pecado do obsceno!

domingo, 22 de junho de 2008

Á espera nostálgica

"Perdi o bonde e a esperança. Voltei pálido pra casa. A rua é inútil e ninguém auto suficiente passará sobreo meu corpo. Os caminhos se fundem a minha frente e eu só na espera, na espera de um dia entender tudo isso."
A vida intera todos ficam á espera, é a espera de 9 meses para nascer após a fecundação, é 4 anos ou mais pra entrar pra escola, a espera de 11 anos para se formar na escola, e ainda anos a fim para concluir um curso superior profissionalizante.
Logo depois a gente espera conseguir uma boa profissão, espera conseguir dinheiro e curtir a vida na maneira de cada um.
A vida não é amis do que uma espera, e eu estou aqui esperando se algum dia alguma coisa vai mudar, meus sonhos vão se realizar e essa tentativa sutil de um dia ser "alguém" não passa apenas de ilusões. Eu posso nao ter sonhos com princíos básicos de construir uma família e ter o camsamento perfeito com a pessoa amada, mas o drama de um caminho sofrido até o motivo alcançado não é nem breve nem superior a tal.
Alguém acredita em destino? Que tudo está escrito, nada é uma coincidência ou fato marcado pelo que a melâncolia do destino os levou ao sofrimento. Então... Quem nunca se deparou com uma ironia do destino, se alguma coisa era impossivel de acontecer, mas não, das múltiplas escolhas que a vida dá, e todas são rejeitadas, aquilo acaba acontecendo no momento mais imprórpio e do nada muda uma vida, levando a fins saqueados pela grandeza que flui do interior de um pensamento claro e principalmente sadio, e assim vivendo de um modo "feliz para sempre".
Quem nunca se deparou com uma alguém que do nada aparece na sua vida e habita profundamente seu coração? Seria mais uma ironia do destino? Trazer alguém assim para a nossa vida, com tanto valor de que cada dia que amanhece, sabemos que temos aquela pessoa do nosso lado para encarar os momentos fádigops da vida em um pleno espetáculo de amor e carinho, relacionamentos... apenas relacionamentos.... muitos intoleráveis e muitos inesqueciveis.
Mas enfim, a vida nao passa de um longo caminho, cheio de obstáculos, com complexos cruzamentos e bárbaros fenômenos inesperados em que é nada mais uma espera dos anos passarem e aproveitar ao máximo lutando contra persuasão interior até o fim lógico e previsto da morte chegar e levar embora boas e más lembranças acumulads na grande poupança enigmática da vida. O que nos resta é esperar e esperar.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A náusea do medo

O medo? Essa palavra ás vezes soa como um repulso da memória, mas o que é esse medo? Nascemos no escuro, sombrio, mas ás vezes tão acolhedor. Quem não se sente seguro deitado na sua cama, com o quarto escuro, pensando e pensando, no que a vida significa. Mas também porque as vezes a vida parece tão perfeita e implacável e quando vc se da conta, se encontra sozinho e parece que tudo evaporou e foi embora e agora se estabelceram limites rígidos e complexos, em que ninguém supera pelo ríspido sentimento de angústia e então as boas lembranças da infâncias vem a mente e toma conta da situação, cobre a nudez do momento e tudo fica bem e a vida parece novamente uma bela história em que você é quem comanda. E não apenas um personagem sendo manuzeado por qualquer artificio feroz, para tudo perder o sentido nvamente.
Encarando a realidade nós ja nascemos educados para o medo, e com o tempo tudo muda, os medos crescem e se modificam. Estamos em uma época tão capitalista e aleijado que qualquer coisa pode significar um fim, palavras indiretas, a vida não tem valor.
Hoje enquanto eu caminhava no horário do meio dia, nas longas ruas cinzentas com um grande movimento de carros, mas poucas pessoas nas ruas, tudo já estava fechado, eu poderia gritar, mas as paredes surdas nao iriam me ajudar, as pessoas~hoje em dia são ignorantes. Todos afirmam que a humanidade teve um grande avanço, mas que avanço é esse? Hitler morreu? Mas o preconceito racial, o preconceito social, o preconceito sexul, o preconvceito humano e todas as formas ainda estão presentes, mais fortes e mais sadios nos dias atuais, apenas estão camuflados numa nuvem platônica que por mais que lutem contra ela sempre permanecerá em cima de nós, correndo o risco de chover ódio e violência e a política rodeia - nos, com falas promessas e gloriosos rios de repressão.
Mas esse medo, esse maldito medo que está presente o tempo intero, em toda a parte, em todo o lugar, dissipido nas palvras, nos gestos, percorrendo as partes brilhosas da rotina domiciliar, apenas trás náuses e estende-se anunciando as cortinas pardas, o céu neutro, o desamor, porque esse medo, apenas nos dá: NÁUSEA!